Tradução para fins de estudo e pesquisa do texto “Critical thinking” retirado do livro de bell hooks, Teaching critical thinking, practical wisdom, New York: Routledge, 2010 (p. 7-11).
Um agradecimento à Daniela Labra, da plataforma de estudos em arte contemporânea Zaitart <https://www.zait.art> pela indicação de leitura.
Pensamento crítico
Na capa do meu diário Osso Negro tem uma instantânea minha tirada aos três ou quatro anos de idade. Estou segurando um brinquedo feito durante as férias da Bible school, um livro em forma de pomba. Sempre fico brincando que essa foto poderia ser chamada “retrato de um intelectual como garota” – a minha versão de O pensador. A garota dessa instantânea olha intensamente para o objeto nas suas mãos; a sua testa franzida, um estudo em intensa concentração. Observando essa foto, posso vê-la pensando. Posso ver a sua mente trabalhando.
O pensamento está em ação. Para todos os intelectuais aspirantes, os pensamentos são o laboratório em que se colocam questões e se encontram respostas, o lugar onde visões de teorias e praxes se juntam. O coração pulsante do pensamento crítico é o desejo de saber – entender como funciona a vida. As crianças são biologicamente predispostas a ser pensadoras críticas. Através dos limites de raça, classe, gênero e circunstâncias, as crianças chegam ao mundo das perguntas e da linguagem consumidas por um desejo de conhecimento. Às vezes elas são tão ávidas de conhecimento que se tornam implacáveis questionadoras – querendo saber o quem, o que, o quando, o onde e o porquê da vida. Procurando respostas, aprendem quase que instintivamente como pensar.
Infelizmente a paixão das crianças pelo pensamento termina com frequência quando esbarram num mundo que tenta educá-las exclusivamente para a conformidade e a obediência. A maioria das crianças aprende bem cedo que aquele pensar é perigoso. E, infelizmente, essas mesmas crianças param de apreciar o processo de pensamento e começam a ter medo da mente pensante. Tanto nas suas casas onde os pais ensinam através de um modelo disciplinar e punitivo que é melhor optar pela obediência do que pela consciência de si mesma e pela autodeterminação, quanto nas escolas onde o pensamento independente não é uma atitude desejada; a maioria das crianças no nosso país aprende a reprimir a memória do pensar como uma atividade prazerosa e apaixonante.
No momento a maioria dos estudantes que entram nas aulas da faculdade devem recear o pensamento. Aqueles estudantes que por sua vez não receiam o pensamento, muitas vezes chegam nas aulas assumindo que pensar não será necessário, que tudo o que precisam fazer será consumir informações e regurgitá-las no momento mais oportuno. Nos ambientes tradicionais da educação acadêmica, os estudantes encontram-se novamente num mundo em que o pensamento independente não é encorajado. Ainda bem que há algumas aulas em que professores, individualmente, almejam educar ao exercício da liberdade. Nesses lugares, pensar, e especialmente o pensar crítico, é o que conta.
Os estudantes não se tornam pensadores críticos do dia para a noite. Antes de tudo, precisam aprender a se apropriar da joia e do poder de pensar em si.
A pedagogia engajada é uma estratégia de ensino que visa restabelecer a vontade de pensar dos estudantes e sua vontade de se atualizar por si mesmos.
O foco central de uma pedagogia engajada é capacitar os estudantes a pensar criticamente. No seu ensaio “Pensamento crítico: porque é tão difícil ensinar?” (Critical Thinking: Why Is It So Hard to Teach?) Daniel Willingham afirma que o pensamento crítico consiste
Em ver os dois lados de uma mesma questão, ficando aberto para novas evidências que confutem ideias iniciais, raciocinando imparcialmente, exigindo que essa reivindicação seja apoiada por alguma evidência, deduzindo e retirando conclusões com base nos fatos disponíveis, solucionando problemas e assim por diante.
Trocando em miúdos, o pensamento crítico implica antes de tudo o descobrir quem, o que, quando, onde e como das coisas – buscando respostas para aquelas questões eternas daquela criança inquisitiva – para depois utilizar aquele conhecimento numa forma que te capacita a determinar o que mais importa. O Educador Dennis Rader, autor de “O ensino redefinido” (Teaching redefined), considera a capacidade de determinar “o que é significativo”, central no processo de pensamento crítico. No seu livro “Pequeno guia para o pensamento crítico: conceitos e ferramentas” (The Miniature Guide to Critical Thinking: Concepts and Tools), Richard Paul e Linda Elder definem o pensamento crítico como “a arte de analisar e avaliar o pensamento com o intuito de melhorá-lo”. Eles definem, ainda, o pensamento crítico como “autodirigido, autodisciplinado, automonitorado e autocorretivo”. Pensar sobre o pensar ou pensar conscientemente sobre as ideias é um componente necessário do pensamento crítico. Paul e Elder nos lembram:
Os pensadores críticos são claros quanto aos objetivos e as questões em jogo. Eles questionam as informações, conclusões e ponto de vista. Se esforçam para ser claros, exatos, precisos e relevantes. Tentam pensar abaixo da superfície, para serem lógicos e justos. Eles aplicam essas habilidades à leitura e escrita assim como à sua fala e escuta.
O pensamento crítico é um processo interativo, que requer participação tanto por parte dos professores quanto dos estudantes.
Todas essas definições abrangem a compreensão de que o pensamento crítico exige discernimento. Trata-se de uma maneira de abordar ideias que visa entender o cerne, as verdades subjacentes, não apenas aquela verdade de superfície que deveria ser mais obviamente visível.
Uma das razões pelas quais a desconstrução se tornou uma febre no circuito acadêmico é que obrigava as pessoas a pensar mais, muito e criticamente; de maneira a desempacotar para poder se deslocar para além da superfície; trabalhando em prol do conhecimento. Enquanto alguns pensadores críticos podem encontrar plena satisfação intelectual e acadêmica ao fazer esse tipo de trabalho, isso não significa que os estudantes tenham universal e inequivocamente abraçado uma aprendizagem em direção do pensamento critico.
De fato, a maioria dos estudantes é resistente ao processo de pensar criticamente; eles sentem-se mais à vontade com uma aprendizagem que lhes permite ficar passivos. Pensar criticamente requer que todos os participantes no processo da sala de aula se engajem. Os professores que fazem um trabalho meticuloso para ensinar a pensar criticamente muitas vezes desanimam quando os estudantes opõem resistência. Agora quando os estudantes adquirem a habilidade de pensar criticamente (e normalmente é a minoria e não a maioria que aprende), é uma experiência realmente gratificante para ambas as partes. Quando eu ensino aos estudantes a serem pensadores críticos, espero compartilhar, através do meu exemplo, o prazer de trabalhar com as ideias, de pensamentos como ação.
Manter a mente aberta é um requisito essencial do pensamento crítico. Eu sempre falo de uma abertura radical porque ficou claro para mim, depois de anos no ambiente acadêmico, que era decididamente mais fácil ficar apegado e protetivo a um ponto de vista, desconsiderando outras perspectivas. A maioria dos estágios acadêmicos incentivam os professores a assumir que devem estar “certos” em todos os casos. Ao contrário, eu proponho que os professores devam estar abertos em todos os casos. Um comprometimento radical de abertura mantém a integridade do processo de pensar criticamente e possui um papel central na educação. Esse comprometimento requer muita coragem e imaginação. Em “Do pensamento crítico ao argumento” (From Critical Thinking to Argument) os autores Sylvan Barnet e Hugo Bedau enfatizam que, “Pensar criticamente requer que usemos a nossa imaginação, olhando as coisas de uma perspectiva diferente que a nossa e prevendo as possíveis consequências do nosso posicionamento”. Por essa razão, pensar criticamente não só impõe demandas aos estudantes, mas também exige que os professores mostrem, através do exemplo que aprender em ação significa que nem todos nós podemos estar certos o tempo todo, e que a forma do conhecimento está em constante mudança.
O aspecto mais estimulante do pensar criticamente em sala de aula é que requer que todo o mundo tome a iniciativa, convidando ativamente todos os estudantes a pensar com paixão e a compartilhar as ideias fervorosa e abertamente. Quando todos na sala de aula, professor e estudante, reconhecem que são responsáveis pela criação de uma comunidade de aprendizagem, aprender então alcançou o seu patamar mais significativo e útil. Numa comunidade de aprendizagem como essa não existe fracasso. Cada um está participando e compartilhando os recursos necessários em um dado momento e a tempo para assegurar que deixemos a sala de aula sabendo que o pensamento crítico nos empodera.
“Critical thinking” retirado do livro de bell hooks, Teaching critical thinking, practical wisdom, New York: Routledge, 2010 (p. 7-11).
Critical thinking
On the cover of my memoir Bone Black there is a snapshot of me taken when I was three or four. I am holding a toy made in vacation Bible school, a book shaped like a dove. I often joke that this picture could be called “a portrait of the intellectual as a young girl”— my version of The Thinker. The girl in the snapshot is looking intensely at the object in her hands; her brow a study in intense concentration. Staring at this picture, I can see her thinking. I can see her mind at work. Thinking is an action. For all aspiring intellectuals, thoughts are the laboratory where one goes to pose questions and find answers, and the place where visions of theory and praxis come together. The heartbeat of critical thinking is the longing to know — to understand how life works. Children are organically predisposed to be critical thinkers. Across the boundaries of race, class, gender, and circumstance, children come into the world of wonder and language consumed with a desire for knowledge. Sometimes they are so eager for knowledge that they become relentless interrogators—demanding to know the who, what, when, where, and why of life. Searching for answers, they learn almost instinctively how to think.
Sadly, children’s passion for thinking often ends when they encounter a world that seeks to educate them for conformity and obedience only. Most children are taught early on that thinking is dangerous. Sadly, these children stop enjoying the process of thinking and start fearing the thinking mind. Whether in homes with parents who teach via a model of discipline and punish that it is better to choose obedience over self-awareness and self-determination, or in schools where independent thinking is not acceptable behavior, most children in our nation learn to suppress the memory of thinking as a passionate, pleasurable activity.
By the time most students enter college classrooms, they have come to dread thinking. Those students who do not dread thinking often come to classes assuming that thinking will not be necessary, that all they will need to do is consume information and regurgitate it at the appropriate moments. In traditional higher education settings, students fi nd themselves yet again in a world where independent thinking is not encouraged. Fortunately, there are some classrooms in which individual professors aim to educate as the practice of freedom. In these settings, thinking, and most especially critical thinking, is what matters.
Students do not become critical thinkers overnight. First, they must learn to embrace the joy and power of thinking itself. Engaged pedagogy is a teaching strategy that aims to restore students’ will to think, and their will to be fully self-actualized. The central focus of engaged pedagogy is to enable students to think critically. In his essay “Critical Thinking: Why Is It So Hard to Teach?” Daniel Willingham says critical thinking consists
of seeing both sides of an issue, being open to new evidence that disconfi rms young ideas, reasoning dispassionately, demanding that claims be backed by evidence, deducing and inferring conclusions from available facts, solving problems, and so forth.
In simpler terms, critical thinking involves fi rst discovering the who, what, when, where, and how of things — finding the answers to those eternal questions of the inquisitive child — and then utilizing that knowledge in a manner that enables you to determine what matters most. Educator Dennis Rader, author of Teaching Redefi ned, considers the capacity to determine “what is significant” central to the process of critical thinking. In their book The Miniature Guide to Critical Thinking: Concepts and Tools, Richard Paul and Linda Elder defi ne critical thinking as “the art of analyzing and evaluating thinking with a view to improving it.” They further defi ne critical thinking as “self-directed, self-disciplined, self-monitored and self corrective.” Thinking about thinking, or mindful thinking about ideas, is a necessary component of critical thinking. Paul and Elder remind us:
Critical thinkers are clear as to the purpose at hand and the question at issue. They question information, conclusions and point of view. They strive to be clear, accurate, precise, and relevant. They seek to think beneath
the surface, to be logical and fair. They apply these skills to their reading and writing as well as to their speaking and listening.
Critical thinking is an interactive process, one that demands participation on the part of teacher and students alike. All of these defi nitions encompass the understanding that critical thinking requires discernment. It is a way of approaching ideas that aims to understand core, underlying truths, not simply that superfi cial truth that may be most obviously visible. One of the reasons deconstruction became such a rage in academic circles is that it urged people to think long, hard, and critically; to unpack; to move beneath the surface; to work for knowledge. While many critical thinkers may fi nd intellectual or academic fulfi llment doing this work, that does not mean that students have universally and unequivocally embraced learning to think critically.
In fact, most students resist the critical thinking process; they are more comfortable with learning that allows them to remain passive. Critical thinking requires all participants in the classroom process to be engaged. Professors who work diligently to teach critical thinking often become discouraged when students resist. Yet when the student does learn the skill of critical thinking (and it is usually the few and not the many who do learn) it is a truly rewarding experience for both parties. When I teach students to be critical thinkers, I hope to share by my example the pleasure of working with ideas, of thinking as an action.
Keeping an open mind is an essential requirement of critical thinking. I often talk about radical openness because it became clear to me, after years in academic settings, that it was far too easy to become attached to and protective of one’s viewpoint, and to rule out other perspectives. So much academic training encourages teachers to assume that they must be “right” at all times. Instead, I propose that teachers must be open at all times, and we must be willing to acknowledge what we do not know. A radical commitment to openness maintains the integrity of the critical thinking process and its central role in education. This commitment requires much courage and imagination. In From Critical Thinking to Argument authors Sylvan Barnet and Hugo Bedau emphasize that, “Critical thinking requires us to use ourimagination, seeing things from perspectives other than our own and envisioning the likely consequences of our position.” Therefore, critical thinking does not simply place demands on students, it also requires teachers to show by example that learning in action means that not all of us can be right all the time, and that the shape of knowledge is constantly changing.
The most exciting aspect of critical thinking in the classroom is that it calls for initiative from everyone, actively inviting all students to think passionately and to share ideas in a passionate, open manner. When everyone in the classroom, teacher and students, recognizes that they are responsible for creating a learning community together, learning is at its most meaningful and useful. In such a community of learning there is no failure. Everyone is participating and sharing whatever resource is needed at a given moment in time to ensure that we leave the classroom knowing that critical thinking empowers us.
“Critical thinking” retirado do livro de bell hooks, Teaching critical thinking, practical wisdom, New York: Routledge, 2010 (p. 7-11).
Critical thinking
On the cover of my memoir Bone Black there is a snapshot of me taken when I was three or four. I am holding a toy made in vacation Bible school, a book shaped like a dove. I often joke that this picture could be called “a portrait of the intellectual as a young girl”— my version of The Thinker. The girl in the snapshot is looking intensely at the object in her hands; her brow a study in intense concentration. Staring at this picture, I can see her thinking. I can see her mind at work. Thinking is an action. For all aspiring intellectuals, thoughts are the laboratory where one goes to pose questions and find answers, and the place where visions of theory and praxis come together. The heartbeat of critical thinking is the longing to know — to understand how life works. Children are organically predisposed to be critical thinkers. Across the boundaries of race, class, gender, and circumstance, children come into the world of wonder and language consumed with a desire for knowledge. Sometimes they are so eager for knowledge that they become relentless interrogators—demanding to know the who, what, when, where, and why of life. Searching for answers, they learn almost instinctively how to think.
Sadly, children’s passion for thinking often ends when they encounter a world that seeks to educate them for conformity and obedience only. Most children are taught early on that thinking is dangerous. Sadly, these children stop enjoying the process of thinking and start fearing the thinking mind. Whether in homes with parents who teach via a model of discipline and punish that it is better to choose obedience over self-awareness and self-determination, or in schools where independent thinking is not acceptable behavior, most children in our nation learn to suppress the memory of thinking as a passionate, pleasurable activity.
By the time most students enter college classrooms, they have come to dread thinking. Those students who do not dread thinking often come to classes assuming that thinking will not be necessary, that all they will need to do is consume information and regurgitate it at the appropriate moments. In traditional higher education settings, students fi nd themselves yet again in a world where independent thinking is not encouraged. Fortunately, there are some classrooms in which individual professors aim to educate as the practice of freedom. In these settings, thinking, and most especially critical thinking, is what matters.
Students do not become critical thinkers overnight. First, they must learn to embrace the joy and power of thinking itself. Engaged pedagogy is a teaching strategy that aims to restore students’ will to think, and their will to be fully self-actualized. The central focus of engaged pedagogy is to enable students to think critically. In his essay “Critical Thinking: Why Is It So Hard to Teach?” Daniel Willingham says critical thinking consists
of seeing both sides of an issue, being open to new evidence that disconfi rms young ideas, reasoning dispassionately, demanding that claims be backed by evidence, deducing and inferring conclusions from available facts, solving problems, and so forth.
In simpler terms, critical thinking involves fi rst discovering the who, what, when, where, and how of things — finding the answers to those eternal questions of the inquisitive child — and then utilizing that knowledge in a manner that enables you to determine what matters most. Educator Dennis Rader, author of Teaching Redefi ned, considers the capacity to determine “what is significant” central to the process of critical thinking. In their book The Miniature Guide to Critical Thinking: Concepts and Tools, Richard Paul and Linda Elder defi ne critical thinking as “the art of analyzing and evaluating thinking with a view to improving it.” They further defi ne critical thinking as “self-directed, self-disciplined, self-monitored and self corrective.” Thinking about thinking, or mindful thinking about ideas, is a necessary component of critical thinking. Paul and Elder remind us:
Critical thinkers are clear as to the purpose at hand and the question at issue. They question information, conclusions and point of view. They strive to be clear, accurate, precise, and relevant. They seek to think beneath
the surface, to be logical and fair. They apply these skills to their reading and writing as well as to their speaking and listening.
Critical thinking is an interactive process, one that demands participation on the part of teacher and students alike. All of these defi nitions encompass the understanding that critical thinking requires discernment. It is a way of approaching ideas that aims to understand core, underlying truths, not simply that superfi cial truth that may be most obviously visible. One of the reasons deconstruction became such a rage in academic circles is that it urged people to think long, hard, and critically; to unpack; to move beneath the surface; to work for knowledge. While many critical thinkers may fi nd intellectual or academic fulfi llment doing this work, that does not mean that students have universally and unequivocally embraced learning to think critically.
In fact, most students resist the critical thinking process; they are more comfortable with learning that allows them to remain passive. Critical thinking requires all participants in the classroom process to be engaged. Professors who work diligently to teach critical thinking often become discouraged when students resist. Yet when the student does learn the skill of critical thinking (and it is usually the few and not the many who do learn) it is a truly rewarding experience for both parties. When I teach students to be critical thinkers, I hope to share by my example the pleasure of working with ideas, of thinking as an action.
Keeping an open mind is an essential requirement of critical thinking. I often talk about radical openness because it became clear to me, after years in academic settings, that it was far too easy to become attached to and protective of one’s viewpoint, and to rule out other perspectives. So much academic training encourages teachers to assume that they must be “right” at all times. Instead, I propose that teachers must be open at all times, and we must be willing to acknowledge what we do not know. A radical commitment to openness maintains the integrity of the critical thinking process and its central role in education. This commitment requires much courage and imagination. In From Critical Thinking to Argument authors Sylvan Barnet and Hugo Bedau emphasize that, “Critical thinking requires us to use ourimagination, seeing things from perspectives other than our own and envisioning the likely consequences of our position.” Therefore, critical thinking does not simply place demands on students, it also requires teachers to show by example that learning in action means that not all of us can be right all the time, and that the shape of knowledge is constantly changing.
The most exciting aspect of critical thinking in the classroom is that it calls for initiative from everyone, actively inviting all students to think passionately and to share ideas in a passionate, open manner. When everyone in the classroom, teacher and students, recognizes that they are responsible for creating a learning community together, learning is at its most meaningful and useful. In such a community of learning there is no failure. Everyone is participating and sharing whatever resource is needed at a given moment in time to ensure that we leave the classroom knowing that critical thinking empowers us.
Tradução para fins de estudo e pesquisa do texto “Critical thinking” retirado do livro de bell hooks, Teaching critical thinking, practical wisdom, New York: Routledge, 2010 (p. 7-11).
Um agradecimento à Daniela Labra, da plataforma de estudos em arte contemporânea Zaitart <https://www.zait.art> pela indicação de leitura.
Pensamento crítico
Na capa do meu diário Osso Negro tem uma instantânea minha tirada aos três ou quatro anos de idade. Estou segurando um brinquedo feito durante as férias da Bible school, um livro em forma de pomba. Sempre fico brincando que essa foto poderia ser chamada “retrato de um intelectual como garota” – a minha versão de O pensador. A garota dessa instantânea olha intensamente para o objeto nas suas mãos; a sua testa franzida, um estudo em intensa concentração. Observando essa foto, posso vê-la pensando. Posso ver a sua mente trabalhando.
O pensamento está em ação. Para todos os intelectuais aspirantes, os pensamentos são o laboratório em que se colocam questões e se encontram respostas, o lugar onde visões de teorias e praxes se juntam. O coração pulsante do pensamento crítico é o desejo de saber – entender como funciona a vida. As crianças são biologicamente predispostas a ser pensadoras críticas. Através dos limites de raça, classe, gênero e circunstâncias, as crianças chegam ao mundo das perguntas e da linguagem consumidas por um desejo de conhecimento. Às vezes elas são tão ávidas de conhecimento que se tornam implacáveis questionadoras – querendo saber o quem, o que, o quando, o onde e o porquê da vida. Procurando respostas, aprendem quase que instintivamente como pensar.
Infelizmente a paixão das crianças pelo pensamento termina com frequência quando esbarram num mundo que tenta educá-las exclusivamente para a conformidade e a obediência. A maioria das crianças aprende bem cedo que aquele pensar é perigoso. E, infelizmente, essas mesmas crianças param de apreciar o processo de pensamento e começam a ter medo da mente pensante. Tanto nas suas casas onde os pais ensinam através de um modelo disciplinar e punitivo que é melhor optar pela obediência do que pela consciência de si mesma e pela autodeterminação, quanto nas escolas onde o pensamento independente não é uma atitude desejada; a maioria das crianças no nosso país aprende a reprimir a memória do pensar como uma atividade prazerosa e apaixonante.
No momento a maioria dos estudantes que entram nas aulas da faculdade devem recear o pensamento. Aqueles estudantes que por sua vez não receiam o pensamento, muitas vezes chegam nas aulas assumindo que pensar não será necessário, que tudo o que precisam fazer será consumir informações e regurgitá-las no momento mais oportuno. Nos ambientes tradicionais da educação acadêmica, os estudantes encontram-se novamente num mundo em que o pensamento independente não é encorajado. Ainda bem que há algumas aulas em que professores, individualmente, almejam educar ao exercício da liberdade. Nesses lugares, pensar, e especialmente o pensar crítico, é o que conta.
Os estudantes não se tornam pensadores críticos do dia para a noite. Antes de tudo, precisam aprender a se apropriar da joia e do poder de pensar em si.
A pedagogia engajada é uma estratégia de ensino que visa restabelecer a vontade de pensar dos estudantes e sua vontade de se atualizar por si mesmos.
O foco central de uma pedagogia engajada é capacitar os estudantes a pensar criticamente. No seu ensaio “Pensamento crítico: porque é tão difícil ensinar?” (Critical Thinking: Why Is It So Hard to Teach?) Daniel Willingham afirma que o pensamento crítico consiste
Em ver os dois lados de uma mesma questão, ficando aberto para novas evidências que confutem ideias iniciais, raciocinando imparcialmente, exigindo que essa reivindicação seja apoiada por alguma evidência, deduzindo e retirando conclusões com base nos fatos disponíveis, solucionando problemas e assim por diante.
Trocando em miúdos, o pensamento crítico implica antes de tudo o descobrir quem, o que, quando, onde e como das coisas – buscando respostas para aquelas questões eternas daquela criança inquisitiva – para depois utilizar aquele conhecimento numa forma que te capacita a determinar o que mais importa. O Educador Dennis Rader, autor de “O ensino redefinido” (Teaching redefined), considera a capacidade de determinar “o que é significativo”, central no processo de pensamento crítico. No seu livro “Pequeno guia para o pensamento crítico: conceitos e ferramentas” (The Miniature Guide to Critical Thinking: Concepts and Tools), Richard Paul e Linda Elder definem o pensamento crítico como “a arte de analisar e avaliar o pensamento com o intuito de melhorá-lo”. Eles definem, ainda, o pensamento crítico como “autodirigido, autodisciplinado, automonitorado e autocorretivo”. Pensar sobre o pensar ou pensar conscientemente sobre as ideias é um componente necessário do pensamento crítico. Paul e Elder nos lembram:
Os pensadores críticos são claros quanto aos objetivos e as questões em jogo. Eles questionam as informações, conclusões e ponto de vista. Se esforçam para ser claros, exatos, precisos e relevantes. Tentam pensar abaixo da superfície, para serem lógicos e justos. Eles aplicam essas habilidades à leitura e escrita assim como à sua fala e escuta.
O pensamento crítico é um processo interativo, que requer participação tanto por parte dos professores quanto dos estudantes.
Todas essas definições abrangem a compreensão de que o pensamento crítico exige discernimento. Trata-se de uma maneira de abordar ideias que visa entender o cerne, as verdades subjacentes, não apenas aquela verdade de superfície que deveria ser mais obviamente visível.
Uma das razões pelas quais a desconstrução se tornou uma febre no circuito acadêmico é que obrigava as pessoas a pensar mais, muito e criticamente; de maneira a desempacotar para poder se deslocar para além da superfície; trabalhando em prol do conhecimento. Enquanto alguns pensadores críticos podem encontrar plena satisfação intelectual e acadêmica ao fazer esse tipo de trabalho, isso não significa que os estudantes tenham universal e inequivocamente abraçado uma aprendizagem em direção do pensamento critico.
De fato, a maioria dos estudantes é resistente ao processo de pensar criticamente; eles sentem-se mais à vontade com uma aprendizagem que lhes permite ficar passivos. Pensar criticamente requer que todos os participantes no processo da sala de aula se engajem. Os professores que fazem um trabalho meticuloso para ensinar a pensar criticamente muitas vezes desanimam quando os estudantes opõem resistência. Agora quando os estudantes adquirem a habilidade de pensar criticamente (e normalmente é a minoria e não a maioria que aprende), é uma experiência realmente gratificante para ambas as partes. Quando eu ensino aos estudantes a serem pensadores críticos, espero compartilhar, através do meu exemplo, o prazer de trabalhar com as ideias, de pensamentos como ação.
Manter a mente aberta é um requisito essencial do pensamento crítico. Eu sempre falo de uma abertura radical porque ficou claro para mim, depois de anos no ambiente acadêmico, que era decididamente mais fácil ficar apegado e protetivo a um ponto de vista, desconsiderando outras perspectivas. A maioria dos estágios acadêmicos incentivam os professores a assumir que devem estar “certos” em todos os casos. Ao contrário, eu proponho que os professores devam estar abertos em todos os casos. Um comprometimento radical de abertura mantém a integridade do processo de pensar criticamente e possui um papel central na educação. Esse comprometimento requer muita coragem e imaginação. Em “Do pensamento crítico ao argumento” (From Critical Thinking to Argument) os autores Sylvan Barnet e Hugo Bedau enfatizam que, “Pensar criticamente requer que usemos a nossa imaginação, olhando as coisas de uma perspectiva diferente que a nossa e prevendo as possíveis consequências do nosso posicionamento”. Por essa razão, pensar criticamente não só impõe demandas aos estudantes, mas também exige que os professores mostrem, através do exemplo que aprender em ação significa que nem todos nós podemos estar certos o tempo todo, e que a forma do conhecimento está em constante mudança.
O aspecto mais estimulante do pensar criticamente em sala de aula é que requer que todo o mundo tome a iniciativa, convidando ativamente todos os estudantes a pensar com paixão e a compartilhar as ideias fervorosa e abertamente. Quando todos na sala de aula, professor e estudante, reconhecem que são responsáveis pela criação de uma comunidade de aprendizagem, aprender então alcançou o seu patamar mais significativo e útil. Numa comunidade de aprendizagem como essa não existe fracasso. Cada um está participando e compartilhando os recursos necessários em um dado momento e a tempo para assegurar que deixemos a sala de aula sabendo que o pensamento crítico nos empodera.
Tradução para fins de estudo e pesquisa do texto “Critical thinking” retirado do livro de bell hooks, Teaching critical thinking, practical wisdom, New York: Routledge, 2010 (p. 7-11).
Um agradecimento à Daniela Labra, da plataforma de estudos em arte contemporânea Zaitart <https://www.zait.art> pela indicação de leitura.
Pensamento crítico
Na capa do meu diário Osso Negro tem uma instantânea minha tirada aos três ou quatro anos de idade. Estou segurando um brinquedo feito durante as férias da Bible school, um livro em forma de pomba. Sempre fico brincando que essa foto poderia ser chamada “retrato de um intelectual como garota” – a minha versão de O pensador. A garota dessa instantânea olha intensamente para o objeto nas suas mãos; a sua testa franzida, um estudo em intensa concentração. Observando essa foto, posso vê-la pensando. Posso ver a sua mente trabalhando.
O pensamento está em ação. Para todos os intelectuais aspirantes, os pensamentos são o laboratório em que se colocam questões e se encontram respostas, o lugar onde visões de teorias e praxes se juntam. O coração pulsante do pensamento crítico é o desejo de saber – entender como funciona a vida. As crianças são biologicamente predispostas a ser pensadoras críticas. Através dos limites de raça, classe, gênero e circunstâncias, as crianças chegam ao mundo das perguntas e da linguagem consumidas por um desejo de conhecimento. Às vezes elas são tão ávidas de conhecimento que se tornam implacáveis questionadoras – querendo saber o quem, o que, o quando, o onde e o porquê da vida. Procurando respostas, aprendem quase que instintivamente como pensar.
Infelizmente a paixão das crianças pelo pensamento termina com frequência quando esbarram num mundo que tenta educá-las exclusivamente para a conformidade e a obediência. A maioria das crianças aprende bem cedo que aquele pensar é perigoso. E, infelizmente, essas mesmas crianças param de apreciar o processo de pensamento e começam a ter medo da mente pensante. Tanto nas suas casas onde os pais ensinam através de um modelo disciplinar e punitivo que é melhor optar pela obediência do que pela consciência de si mesma e pela autodeterminação, quanto nas escolas onde o pensamento independente não é uma atitude desejada; a maioria das crianças no nosso país aprende a reprimir a memória do pensar como uma atividade prazerosa e apaixonante.
No momento a maioria dos estudantes que entram nas aulas da faculdade devem recear o pensamento. Aqueles estudantes que por sua vez não receiam o pensamento, muitas vezes chegam nas aulas assumindo que pensar não será necessário, que tudo o que precisam fazer será consumir informações e regurgitá-las no momento mais oportuno. Nos ambientes tradicionais da educação acadêmica, os estudantes encontram-se novamente num mundo em que o pensamento independente não é encorajado. Ainda bem que há algumas aulas em que professores, individualmente, almejam educar ao exercício da liberdade. Nesses lugares, pensar, e especialmente o pensar crítico, é o que conta.
Os estudantes não se tornam pensadores críticos do dia para a noite. Antes de tudo, precisam aprender a se apropriar da joia e do poder de pensar em si.
A pedagogia engajada é uma estratégia de ensino que visa restabelecer a vontade de pensar dos estudantes e sua vontade de se atualizar por si mesmos.
O foco central de uma pedagogia engajada é capacitar os estudantes a pensar criticamente. No seu ensaio “Pensamento crítico: porque é tão difícil ensinar?” (Critical Thinking: Why Is It So Hard to Teach?) Daniel Willingham afirma que o pensamento crítico consiste
Em ver os dois lados de uma mesma questão, ficando aberto para novas evidências que confutem ideias iniciais, raciocinando imparcialmente, exigindo que essa reivindicação seja apoiada por alguma evidência, deduzindo e retirando conclusões com base nos fatos disponíveis, solucionando problemas e assim por diante.
Trocando em miúdos, o pensamento crítico implica antes de tudo o descobrir quem, o que, quando, onde e como das coisas – buscando respostas para aquelas questões eternas daquela criança inquisitiva – para depois utilizar aquele conhecimento numa forma que te capacita a determinar o que mais importa. O Educador Dennis Rader, autor de “O ensino redefinido” (Teaching redefined), considera a capacidade de determinar “o que é significativo”, central no processo de pensamento crítico. No seu livro “Pequeno guia para o pensamento crítico: conceitos e ferramentas” (The Miniature Guide to Critical Thinking: Concepts and Tools), Richard Paul e Linda Elder definem o pensamento crítico como “a arte de analisar e avaliar o pensamento com o intuito de melhorá-lo”. Eles definem, ainda, o pensamento crítico como “autodirigido, autodisciplinado, automonitorado e autocorretivo”. Pensar sobre o pensar ou pensar conscientemente sobre as ideias é um componente necessário do pensamento crítico. Paul e Elder nos lembram:
Os pensadores críticos são claros quanto aos objetivos e as questões em jogo. Eles questionam as informações, conclusões e ponto de vista. Se esforçam para ser claros, exatos, precisos e relevantes. Tentam pensar abaixo da superfície, para serem lógicos e justos. Eles aplicam essas habilidades à leitura e escrita assim como à sua fala e escuta.
O pensamento crítico é um processo interativo, que requer participação tanto por parte dos professores quanto dos estudantes.
Todas essas definições abrangem a compreensão de que o pensamento crítico exige discernimento. Trata-se de uma maneira de abordar ideias que visa entender o cerne, as verdades subjacentes, não apenas aquela verdade de superfície que deveria ser mais obviamente visível.
Uma das razões pelas quais a desconstrução se tornou uma febre no circuito acadêmico é que obrigava as pessoas a pensar mais, muito e criticamente; de maneira a desempacotar para poder se deslocar para além da superfície; trabalhando em prol do conhecimento. Enquanto alguns pensadores críticos podem encontrar plena satisfação intelectual e acadêmica ao fazer esse tipo de trabalho, isso não significa que os estudantes tenham universal e inequivocamente abraçado uma aprendizagem em direção do pensamento critico.
De fato, a maioria dos estudantes é resistente ao processo de pensar criticamente; eles sentem-se mais à vontade com uma aprendizagem que lhes permite ficar passivos. Pensar criticamente requer que todos os participantes no processo da sala de aula se engajem. Os professores que fazem um trabalho meticuloso para ensinar a pensar criticamente muitas vezes desanimam quando os estudantes opõem resistência. Agora quando os estudantes adquirem a habilidade de pensar criticamente (e normalmente é a minoria e não a maioria que aprende), é uma experiência realmente gratificante para ambas as partes. Quando eu ensino aos estudantes a serem pensadores críticos, espero compartilhar, através do meu exemplo, o prazer de trabalhar com as ideias, de pensamentos como ação.
Manter a mente aberta é um requisito essencial do pensamento crítico. Eu sempre falo de uma abertura radical porque ficou claro para mim, depois de anos no ambiente acadêmico, que era decididamente mais fácil ficar apegado e protetivo a um ponto de vista, desconsiderando outras perspectivas. A maioria dos estágios acadêmicos incentivam os professores a assumir que devem estar “certos” em todos os casos. Ao contrário, eu proponho que os professores devam estar abertos em todos os casos. Um comprometimento radical de abertura mantém a integridade do processo de pensar criticamente e possui um papel central na educação. Esse comprometimento requer muita coragem e imaginação. Em “Do pensamento crítico ao argumento” (From Critical Thinking to Argument) os autores Sylvan Barnet e Hugo Bedau enfatizam que, “Pensar criticamente requer que usemos a nossa imaginação, olhando as coisas de uma perspectiva diferente que a nossa e prevendo as possíveis consequências do nosso posicionamento”. Por essa razão, pensar criticamente não só impõe demandas aos estudantes, mas também exige que os professores mostrem, através do exemplo que aprender em ação significa que nem todos nós podemos estar certos o tempo todo, e que a forma do conhecimento está em constante mudança.
O aspecto mais estimulante do pensar criticamente em sala de aula é que requer que todo o mundo tome a iniciativa, convidando ativamente todos os estudantes a pensar com paixão e a compartilhar as ideias fervorosa e abertamente. Quando todos na sala de aula, professor e estudante, reconhecem que são responsáveis pela criação de uma comunidade de aprendizagem, aprender então alcançou o seu patamar mais significativo e útil. Numa comunidade de aprendizagem como essa não existe fracasso. Cada um está participando e compartilhando os recursos necessários em um dado momento e a tempo para assegurar que deixemos a sala de aula sabendo que o pensamento crítico nos empodera.
“Critical thinking” retirado do livro de bell hooks, Teaching critical thinking, practical wisdom, New York: Routledge, 2010 (p. 7-11).
Critical thinking
On the cover of my memoir Bone Black there is a snapshot of me taken when I was three or four. I am holding a toy made in vacation Bible school, a book shaped like a dove. I often joke that this picture could be called “a portrait of the intellectual as a young girl”— my version of The Thinker. The girl in the snapshot is looking intensely at the object in her hands; her brow a study in intense concentration. Staring at this picture, I can see her thinking. I can see her mind at work. Thinking is an action. For all aspiring intellectuals, thoughts are the laboratory where one goes to pose questions and find answers, and the place where visions of theory and praxis come together. The heartbeat of critical thinking is the longing to know — to understand how life works. Children are organically predisposed to be critical thinkers. Across the boundaries of race, class, gender, and circumstance, children come into the world of wonder and language consumed with a desire for knowledge. Sometimes they are so eager for knowledge that they become relentless interrogators—demanding to know the who, what, when, where, and why of life. Searching for answers, they learn almost instinctively how to think.
Sadly, children’s passion for thinking often ends when they encounter a world that seeks to educate them for conformity and obedience only. Most children are taught early on that thinking is dangerous. Sadly, these children stop enjoying the process of thinking and start fearing the thinking mind. Whether in homes with parents who teach via a model of discipline and punish that it is better to choose obedience over self-awareness and self-determination, or in schools where independent thinking is not acceptable behavior, most children in our nation learn to suppress the memory of thinking as a passionate, pleasurable activity.
By the time most students enter college classrooms, they have come to dread thinking. Those students who do not dread thinking often come to classes assuming that thinking will not be necessary, that all they will need to do is consume information and regurgitate it at the appropriate moments. In traditional higher education settings, students fi nd themselves yet again in a world where independent thinking is not encouraged. Fortunately, there are some classrooms in which individual professors aim to educate as the practice of freedom. In these settings, thinking, and most especially critical thinking, is what matters.
Students do not become critical thinkers overnight. First, they must learn to embrace the joy and power of thinking itself. Engaged pedagogy is a teaching strategy that aims to restore students’ will to think, and their will to be fully self-actualized. The central focus of engaged pedagogy is to enable students to think critically. In his essay “Critical Thinking: Why Is It So Hard to Teach?” Daniel Willingham says critical thinking consists
of seeing both sides of an issue, being open to new evidence that disconfi rms young ideas, reasoning dispassionately, demanding that claims be backed by evidence, deducing and inferring conclusions from available facts, solving problems, and so forth.
In simpler terms, critical thinking involves fi rst discovering the who, what, when, where, and how of things — finding the answers to those eternal questions of the inquisitive child — and then utilizing that knowledge in a manner that enables you to determine what matters most. Educator Dennis Rader, author of Teaching Redefi ned, considers the capacity to determine “what is significant” central to the process of critical thinking. In their book The Miniature Guide to Critical Thinking: Concepts and Tools, Richard Paul and Linda Elder defi ne critical thinking as “the art of analyzing and evaluating thinking with a view to improving it.” They further defi ne critical thinking as “self-directed, self-disciplined, self-monitored and self corrective.” Thinking about thinking, or mindful thinking about ideas, is a necessary component of critical thinking. Paul and Elder remind us:
Critical thinkers are clear as to the purpose at hand and the question at issue. They question information, conclusions and point of view. They strive to be clear, accurate, precise, and relevant. They seek to think beneath
the surface, to be logical and fair. They apply these skills to their reading and writing as well as to their speaking and listening.
Critical thinking is an interactive process, one that demands participation on the part of teacher and students alike. All of these defi nitions encompass the understanding that critical thinking requires discernment. It is a way of approaching ideas that aims to understand core, underlying truths, not simply that superfi cial truth that may be most obviously visible. One of the reasons deconstruction became such a rage in academic circles is that it urged people to think long, hard, and critically; to unpack; to move beneath the surface; to work for knowledge. While many critical thinkers may fi nd intellectual or academic fulfi llment doing this work, that does not mean that students have universally and unequivocally embraced learning to think critically.
In fact, most students resist the critical thinking process; they are more comfortable with learning that allows them to remain passive. Critical thinking requires all participants in the classroom process to be engaged. Professors who work diligently to teach critical thinking often become discouraged when students resist. Yet when the student does learn the skill of critical thinking (and it is usually the few and not the many who do learn) it is a truly rewarding experience for both parties. When I teach students to be critical thinkers, I hope to share by my example the pleasure of working with ideas, of thinking as an action.
Keeping an open mind is an essential requirement of critical thinking. I often talk about radical openness because it became clear to me, after years in academic settings, that it was far too easy to become attached to and protective of one’s viewpoint, and to rule out other perspectives. So much academic training encourages teachers to assume that they must be “right” at all times. Instead, I propose that teachers must be open at all times, and we must be willing to acknowledge what we do not know. A radical commitment to openness maintains the integrity of the critical thinking process and its central role in education. This commitment requires much courage and imagination. In From Critical Thinking to Argument authors Sylvan Barnet and Hugo Bedau emphasize that, “Critical thinking requires us to use ourimagination, seeing things from perspectives other than our own and envisioning the likely consequences of our position.” Therefore, critical thinking does not simply place demands on students, it also requires teachers to show by example that learning in action means that not all of us can be right all the time, and that the shape of knowledge is constantly changing.
The most exciting aspect of critical thinking in the classroom is that it calls for initiative from everyone, actively inviting all students to think passionately and to share ideas in a passionate, open manner. When everyone in the classroom, teacher and students, recognizes that they are responsible for creating a learning community together, learning is at its most meaningful and useful. In such a community of learning there is no failure. Everyone is participating and sharing whatever resource is needed at a given moment in time to ensure that we leave the classroom knowing that critical thinking empowers us.
“Critical thinking” retirado do livro de bell hooks, Teaching critical thinking, practical wisdom, New York: Routledge, 2010 (p. 7-11).
Critical thinking
On the cover of my memoir Bone Black there is a snapshot of me taken when I was three or four. I am holding a toy made in vacation Bible school, a book shaped like a dove. I often joke that this picture could be called “a portrait of the intellectual as a young girl”— my version of The Thinker. The girl in the snapshot is looking intensely at the object in her hands; her brow a study in intense concentration. Staring at this picture, I can see her thinking. I can see her mind at work. Thinking is an action. For all aspiring intellectuals, thoughts are the laboratory where one goes to pose questions and find answers, and the place where visions of theory and praxis come together. The heartbeat of critical thinking is the longing to know — to understand how life works. Children are organically predisposed to be critical thinkers. Across the boundaries of race, class, gender, and circumstance, children come into the world of wonder and language consumed with a desire for knowledge. Sometimes they are so eager for knowledge that they become relentless interrogators—demanding to know the who, what, when, where, and why of life. Searching for answers, they learn almost instinctively how to think.
Sadly, children’s passion for thinking often ends when they encounter a world that seeks to educate them for conformity and obedience only. Most children are taught early on that thinking is dangerous. Sadly, these children stop enjoying the process of thinking and start fearing the thinking mind. Whether in homes with parents who teach via a model of discipline and punish that it is better to choose obedience over self-awareness and self-determination, or in schools where independent thinking is not acceptable behavior, most children in our nation learn to suppress the memory of thinking as a passionate, pleasurable activity.
By the time most students enter college classrooms, they have come to dread thinking. Those students who do not dread thinking often come to classes assuming that thinking will not be necessary, that all they will need to do is consume information and regurgitate it at the appropriate moments. In traditional higher education settings, students fi nd themselves yet again in a world where independent thinking is not encouraged. Fortunately, there are some classrooms in which individual professors aim to educate as the practice of freedom. In these settings, thinking, and most especially critical thinking, is what matters.
Students do not become critical thinkers overnight. First, they must learn to embrace the joy and power of thinking itself. Engaged pedagogy is a teaching strategy that aims to restore students’ will to think, and their will to be fully self-actualized. The central focus of engaged pedagogy is to enable students to think critically. In his essay “Critical Thinking: Why Is It So Hard to Teach?” Daniel Willingham says critical thinking consists
of seeing both sides of an issue, being open to new evidence that disconfi rms young ideas, reasoning dispassionately, demanding that claims be backed by evidence, deducing and inferring conclusions from available facts, solving problems, and so forth.
In simpler terms, critical thinking involves fi rst discovering the who, what, when, where, and how of things — finding the answers to those eternal questions of the inquisitive child — and then utilizing that knowledge in a manner that enables you to determine what matters most. Educator Dennis Rader, author of Teaching Redefi ned, considers the capacity to determine “what is significant” central to the process of critical thinking. In their book The Miniature Guide to Critical Thinking: Concepts and Tools, Richard Paul and Linda Elder defi ne critical thinking as “the art of analyzing and evaluating thinking with a view to improving it.” They further defi ne critical thinking as “self-directed, self-disciplined, self-monitored and self corrective.” Thinking about thinking, or mindful thinking about ideas, is a necessary component of critical thinking. Paul and Elder remind us:
Critical thinkers are clear as to the purpose at hand and the question at issue. They question information, conclusions and point of view. They strive to be clear, accurate, precise, and relevant. They seek to think beneath
the surface, to be logical and fair. They apply these skills to their reading and writing as well as to their speaking and listening.
Critical thinking is an interactive process, one that demands participation on the part of teacher and students alike. All of these defi nitions encompass the understanding that critical thinking requires discernment. It is a way of approaching ideas that aims to understand core, underlying truths, not simply that superfi cial truth that may be most obviously visible. One of the reasons deconstruction became such a rage in academic circles is that it urged people to think long, hard, and critically; to unpack; to move beneath the surface; to work for knowledge. While many critical thinkers may fi nd intellectual or academic fulfi llment doing this work, that does not mean that students have universally and unequivocally embraced learning to think critically.
In fact, most students resist the critical thinking process; they are more comfortable with learning that allows them to remain passive. Critical thinking requires all participants in the classroom process to be engaged. Professors who work diligently to teach critical thinking often become discouraged when students resist. Yet when the student does learn the skill of critical thinking (and it is usually the few and not the many who do learn) it is a truly rewarding experience for both parties. When I teach students to be critical thinkers, I hope to share by my example the pleasure of working with ideas, of thinking as an action.
Keeping an open mind is an essential requirement of critical thinking. I often talk about radical openness because it became clear to me, after years in academic settings, that it was far too easy to become attached to and protective of one’s viewpoint, and to rule out other perspectives. So much academic training encourages teachers to assume that they must be “right” at all times. Instead, I propose that teachers must be open at all times, and we must be willing to acknowledge what we do not know. A radical commitment to openness maintains the integrity of the critical thinking process and its central role in education. This commitment requires much courage and imagination. In From Critical Thinking to Argument authors Sylvan Barnet and Hugo Bedau emphasize that, “Critical thinking requires us to use ourimagination, seeing things from perspectives other than our own and envisioning the likely consequences of our position.” Therefore, critical thinking does not simply place demands on students, it also requires teachers to show by example that learning in action means that not all of us can be right all the time, and that the shape of knowledge is constantly changing.
The most exciting aspect of critical thinking in the classroom is that it calls for initiative from everyone, actively inviting all students to think passionately and to share ideas in a passionate, open manner. When everyone in the classroom, teacher and students, recognizes that they are responsible for creating a learning community together, learning is at its most meaningful and useful. In such a community of learning there is no failure. Everyone is participating and sharing whatever resource is needed at a given moment in time to ensure that we leave the classroom knowing that critical thinking empowers us.
Tradução para fins de estudo e pesquisa do texto “Critical thinking” retirado do livro de bell hooks, Teaching critical thinking, practical wisdom, New York: Routledge, 2010 (p. 7-11).
Um agradecimento à Daniela Labra, da plataforma de estudos em arte contemporânea Zaitart <https://www.zait.art> pela indicação de leitura.
Pensamento crítico
Na capa do meu diário Osso Negro tem uma instantânea minha tirada aos três ou quatro anos de idade. Estou segurando um brinquedo feito durante as férias da Bible school, um livro em forma de pomba. Sempre fico brincando que essa foto poderia ser chamada “retrato de um intelectual como garota” – a minha versão de O pensador. A garota dessa instantânea olha intensamente para o objeto nas suas mãos; a sua testa franzida, um estudo em intensa concentração. Observando essa foto, posso vê-la pensando. Posso ver a sua mente trabalhando.
O pensamento está em ação. Para todos os intelectuais aspirantes, os pensamentos são o laboratório em que se colocam questões e se encontram respostas, o lugar onde visões de teorias e praxes se juntam. O coração pulsante do pensamento crítico é o desejo de saber – entender como funciona a vida. As crianças são biologicamente predispostas a ser pensadoras críticas. Através dos limites de raça, classe, gênero e circunstâncias, as crianças chegam ao mundo das perguntas e da linguagem consumidas por um desejo de conhecimento. Às vezes elas são tão ávidas de conhecimento que se tornam implacáveis questionadoras – querendo saber o quem, o que, o quando, o onde e o porquê da vida. Procurando respostas, aprendem quase que instintivamente como pensar.
Infelizmente a paixão das crianças pelo pensamento termina com frequência quando esbarram num mundo que tenta educá-las exclusivamente para a conformidade e a obediência. A maioria das crianças aprende bem cedo que aquele pensar é perigoso. E, infelizmente, essas mesmas crianças param de apreciar o processo de pensamento e começam a ter medo da mente pensante. Tanto nas suas casas onde os pais ensinam através de um modelo disciplinar e punitivo que é melhor optar pela obediência do que pela consciência de si mesma e pela autodeterminação, quanto nas escolas onde o pensamento independente não é uma atitude desejada; a maioria das crianças no nosso país aprende a reprimir a memória do pensar como uma atividade prazerosa e apaixonante.
No momento a maioria dos estudantes que entram nas aulas da faculdade devem recear o pensamento. Aqueles estudantes que por sua vez não receiam o pensamento, muitas vezes chegam nas aulas assumindo que pensar não será necessário, que tudo o que precisam fazer será consumir informações e regurgitá-las no momento mais oportuno. Nos ambientes tradicionais da educação acadêmica, os estudantes encontram-se novamente num mundo em que o pensamento independente não é encorajado. Ainda bem que há algumas aulas em que professores, individualmente, almejam educar ao exercício da liberdade. Nesses lugares, pensar, e especialmente o pensar crítico, é o que conta.
Os estudantes não se tornam pensadores críticos do dia para a noite. Antes de tudo, precisam aprender a se apropriar da joia e do poder de pensar em si.
A pedagogia engajada é uma estratégia de ensino que visa restabelecer a vontade de pensar dos estudantes e sua vontade de se atualizar por si mesmos.
O foco central de uma pedagogia engajada é capacitar os estudantes a pensar criticamente. No seu ensaio “Pensamento crítico: porque é tão difícil ensinar?” (Critical Thinking: Why Is It So Hard to Teach?) Daniel Willingham afirma que o pensamento crítico consiste
Em ver os dois lados de uma mesma questão, ficando aberto para novas evidências que confutem ideias iniciais, raciocinando imparcialmente, exigindo que essa reivindicação seja apoiada por alguma evidência, deduzindo e retirando conclusões com base nos fatos disponíveis, solucionando problemas e assim por diante.
Trocando em miúdos, o pensamento crítico implica antes de tudo o descobrir quem, o que, quando, onde e como das coisas – buscando respostas para aquelas questões eternas daquela criança inquisitiva – para depois utilizar aquele conhecimento numa forma que te capacita a determinar o que mais importa. O Educador Dennis Rader, autor de “O ensino redefinido” (Teaching redefined), considera a capacidade de determinar “o que é significativo”, central no processo de pensamento crítico. No seu livro “Pequeno guia para o pensamento crítico: conceitos e ferramentas” (The Miniature Guide to Critical Thinking: Concepts and Tools), Richard Paul e Linda Elder definem o pensamento crítico como “a arte de analisar e avaliar o pensamento com o intuito de melhorá-lo”. Eles definem, ainda, o pensamento crítico como “autodirigido, autodisciplinado, automonitorado e autocorretivo”. Pensar sobre o pensar ou pensar conscientemente sobre as ideias é um componente necessário do pensamento crítico. Paul e Elder nos lembram:
Os pensadores críticos são claros quanto aos objetivos e as questões em jogo. Eles questionam as informações, conclusões e ponto de vista. Se esforçam para ser claros, exatos, precisos e relevantes. Tentam pensar abaixo da superfície, para serem lógicos e justos. Eles aplicam essas habilidades à leitura e escrita assim como à sua fala e escuta.
O pensamento crítico é um processo interativo, que requer participação tanto por parte dos professores quanto dos estudantes.
Todas essas definições abrangem a compreensão de que o pensamento crítico exige discernimento. Trata-se de uma maneira de abordar ideias que visa entender o cerne, as verdades subjacentes, não apenas aquela verdade de superfície que deveria ser mais obviamente visível.
Uma das razões pelas quais a desconstrução se tornou uma febre no circuito acadêmico é que obrigava as pessoas a pensar mais, muito e criticamente; de maneira a desempacotar para poder se deslocar para além da superfície; trabalhando em prol do conhecimento. Enquanto alguns pensadores críticos podem encontrar plena satisfação intelectual e acadêmica ao fazer esse tipo de trabalho, isso não significa que os estudantes tenham universal e inequivocamente abraçado uma aprendizagem em direção do pensamento critico.
De fato, a maioria dos estudantes é resistente ao processo de pensar criticamente; eles sentem-se mais à vontade com uma aprendizagem que lhes permite ficar passivos. Pensar criticamente requer que todos os participantes no processo da sala de aula se engajem. Os professores que fazem um trabalho meticuloso para ensinar a pensar criticamente muitas vezes desanimam quando os estudantes opõem resistência. Agora quando os estudantes adquirem a habilidade de pensar criticamente (e normalmente é a minoria e não a maioria que aprende), é uma experiência realmente gratificante para ambas as partes. Quando eu ensino aos estudantes a serem pensadores críticos, espero compartilhar, através do meu exemplo, o prazer de trabalhar com as ideias, de pensamentos como ação.
Manter a mente aberta é um requisito essencial do pensamento crítico. Eu sempre falo de uma abertura radical porque ficou claro para mim, depois de anos no ambiente acadêmico, que era decididamente mais fácil ficar apegado e protetivo a um ponto de vista, desconsiderando outras perspectivas. A maioria dos estágios acadêmicos incentivam os professores a assumir que devem estar “certos” em todos os casos. Ao contrário, eu proponho que os professores devam estar abertos em todos os casos. Um comprometimento radical de abertura mantém a integridade do processo de pensar criticamente e possui um papel central na educação. Esse comprometimento requer muita coragem e imaginação. Em “Do pensamento crítico ao argumento” (From Critical Thinking to Argument) os autores Sylvan Barnet e Hugo Bedau enfatizam que, “Pensar criticamente requer que usemos a nossa imaginação, olhando as coisas de uma perspectiva diferente que a nossa e prevendo as possíveis consequências do nosso posicionamento”. Por essa razão, pensar criticamente não só impõe demandas aos estudantes, mas também exige que os professores mostrem, através do exemplo que aprender em ação significa que nem todos nós podemos estar certos o tempo todo, e que a forma do conhecimento está em constante mudança.
O aspecto mais estimulante do pensar criticamente em sala de aula é que requer que todo o mundo tome a iniciativa, convidando ativamente todos os estudantes a pensar com paixão e a compartilhar as ideias fervorosa e abertamente. Quando todos na sala de aula, professor e estudante, reconhecem que são responsáveis pela criação de uma comunidade de aprendizagem, aprender então alcançou o seu patamar mais significativo e útil. Numa comunidade de aprendizagem como essa não existe fracasso. Cada um está participando e compartilhando os recursos necessários em um dado momento e a tempo para assegurar que deixemos a sala de aula sabendo que o pensamento crítico nos empodera.